Mirrors - Capítulo 1 - Ready Or Not - Primeira Temporada

domingo, 1 de setembro de 2013 | | |




Parece que tenho um dom, tudo de ruim que acontece no mundo é minha culpa, pelo menos meu pai pensa assim, mas confesso que nos últimos acontecimentos eu realmente tenho uma pequena, eu disse PEQUENA parcela de culpa.


Vou explicar melhor para vocês, desde que eu terminei a escola no fim do ano passado eu não fiz mais nada, não me inscrevi para nenhuma faculdade ou curso e nem arrumei um emprego. No início o plano era curtir um mês de férias, sem nada pra fazer, só que descobri que minha mãe, que Deus a tenha, deixou uma BIG herança pra mim, e quando eu fizesse 18 aninhos eu poderia colocar a mão na grana, e no fim de janeiro, a uma semana eu enfim cheguei na minha tão sonhada idade. O lindo do meu pai me contou da grana, eu então decidi ficar um ou dois amos (quem sabe mais) viajando o mundo.
Até ai tudo bem, até o Sr. Benett ( meu pai) estava curtindo a ideia, achava legal e importante eu passar por essas experiências para amadurecer e blá blá blá... Só que o que ele não sabe é que eu sou bem madura, pelo menos eu pensava isso até noite passada.


Calma gente, começa aqui a explicação da minha máxima culpa. Hoje em pleno domingão estou eu, uma mulher adulta e independente presa de castigo em casa, tudo isso pelo simples fato de que ontem eu, sem querer vale dizer, bebi um pouquinho além da conta com alguns amigos e acabei batendo meu carro novo, que meu pai tinha acabado de me dar, na entrada da minha casa, o estrago foi um pouquinho grande, do tipo estamos sem porta e uma parte da parede. Mas nem é nada demais, meu pai que faz escândalo a toa. Aposto que se a Melanie, minha madrasta, madrasta não, minha boadrasta que se tornou minha segunda mãe, estivesse viva ela iria me defender das injustiças do papai, e se a Anne estivesse aqui diria pra ele que isso acontece porque eu sou jovem e gosto de me divertir, isso porque a maluca é só quatro anos mais velha que eu, tem 22 aninhos. Aliás, meu pai não está aqui sendo meu carcereiro porque ele foi buscar a Anne no aeroporto, ela acabou de concluir o curso de medicina na Yale, ela vai vir passar três meses aqui até voltar para Nova York para fazer sua especialização. A Anne entrou para a faculdade com 16 anos, assim que a Mel, mãe dela morreu. Foi um choque pra mim, eu tinha doze anos e de repente estava sem duas das quatro pessoas mais importantes da minha vida. Vocês devem estar se perguntando " Espera ai Noelle, se você tem 18 anos e a sua irmã 22, como a mãe dele é sua madrasta". Simples, meu pai, durante uma crise no casamento dele com a Mel teve um caso com a minha mãe, a mãe número um, que me colocou no mundo. O caso dos dois era realmente sério, ele até passava uns dias da semana na casa da minha mãe 1, ela era chefe dele, os dois eram médicos, aliás, ele ainda é e morre de orgulho da filha mais velha. Minha mãe era muito rica e bem sucedida, e apesar de ser linda e jovem, palavras da Mel, e é verdade eu vi fotos, não tinha tempo pra homens, até meu pai, o garanhão, aparecer.


Vocês também devem estar estranhando o fato deu eu falar tanto da Mel e até chamar de mãe. Bom eu explico. Meu pai e a Livy (a mãe um) estavam muito felizes, ele até já estava pensando em se separar da Mel, tinha montado um consultório pra ele pra não trabalhar mais pra minha mãe que tinha herdado do meu avô uma rede de hospitais. Como eu disse eles estavam bem e tinham planos, até que minha mãe descobriu que estava grávida e no mesmo dia Mel e o papai descobriram que a Anne estava com leucemia, ela era um bebe, tinha só três aninhos então meu pai contou para a Mel tudo que estava acontecendo, ela ficou louca, quis se separar, mas decidiu ficar com meu pai porque achou que seria o melhor para a Anne. Ela fez meu pai jurar que não irir ver minha mãe de novo, ah, meu pai não sabia que a minha mãe estava grávida, e quando ele foi terminar tudo com ela e contou toda a história ela decidiu não contar sobre mim. O tempo foi passando e a gravidez da minha mãe só ia se tornando mais complicada, ela então, por medo do que viria a acontecer com ela, ou até comigo, decidiu me escrever uma carta me contando toda a história, por isso eu sei o lado de todos eles, até o dela, eu li essa carta assim que a Mel morreu, eu tinha doze anos. A gravidez da mamãe só ia se tornando cada vez mais complicada, ela então decidiu, além da carta para mim, deixar uma pro meu pai e um testamento, dizendo que tudo e dela era meu e meu pai administraria até os meus dezoito anos. Quando minha mãe entrava no sétimo mês a Anne conseguiu um doador de medula e enfim ficaria bem. Minha mãe descobriu e como sabia dos riscos que corria decidiu procurar meu pai. Um dia ela ficou na porta da casa dele e esperou até a Mel sair, assim que ela viu que meu pai estava sozinho ela entrou. Meu pai diz que quando viu ela levou uma susto que quase o fez ter um ataque do coração ela estava com uma barriga imensa e visivelmente abatida. Ela foi logo dizendo que nem lá deveria estar, mas que meu futuro era muito mais importante que qualquer orgulho dela e até que ela mesma já que ela nem de casa podia sair para não piorar a situação. Ela disse que estava grávida, óbvio né mãe, e que ia contar pra ele no dia que ele acabou tudo com ela, disse que achou melhor não contar para não atrapalhar o tratamento da Anne, disse também que a gravidez dela era de risco e que ela podia morrer na mesa de parto e que se isso acontecesse meu pai tinha que prometer cuidar de mim. Nessa hora a Mel entrou e ao ver minha mãe na sala ela surtou, ainda mais quando viu a barriga. Ela começou a jogar um monte de coisas na cara da minha mãe e ela passou mal. Assim que viu ela no chão a Mel já ficou com peso na consciência e ela e o papai foram correndo levar a Livy para o hospital. Lá a demora foi imensa e meu pai diz que a Mel ficava repetindo baixinho. "Se algo acontecer com esse bebe eu vou ser a culpada, e se a Livy não conseguir sair de lá eu vou cuidar desse bebe como se fosse minha. A criança não tem culpa dos erros dos pais."Ele fala que isso só fez ele ter mais certeza da mulher incrível que ela era. Depois de algumas horas de espera um médico apareceu na sala e perguntou quem era o pai da menina que havia acabado de nascer, meu pai nem mesmo sabia se eu era menina ou menino, ele então perguntou se era filha da Livy Siverston e disseram que sim, ele então disse que era ele, o médico o chamou para conhecer a filha, ele perguntou pela minha mãe e o médico disse que eles fizeram o possível, mas infelizmente ela não resistiu. A Mel sempre me dizia que nessa hora ela desabou, mas mesmo minha mãe tendo si a outra do meu pai ela só conseguia pensar no quanto aquilo era triste, uma menininha inocente estava chegando ao mundo sem a mãe, a única decisão que ela poderia tomar era cuidar de mim como uma filha.


E foi o que ela fez, nunca em toda minha vida eu me senti excluída, maltratada ou rejeitada em casa. A Mel eu sempre chamei de mãe, e que é minha mãe, afinal foi ela quem me ensinou tudo que eu sei e me deu amor e carinho, mais até do que muitas mãe de verdade dão aos filhos, e a Anne foi a irmã mais velha mais fofa e cuidadosa que eu poderia ter. E meu pai, bom, meu pai é um chato, mas ele me ama e eu sei disso, ele só é meio mandão, mas dá pra suportar. E o mais incrível é que eles nunca deixaram a minha mãe morrer de vez em mim, sempre me contavam histórias sobre elas, me mostravam fotos e tudo que tivesse ela, a Mel era amiga dela antes de tudo e dizia que até o erro da minha mãe tinha resultado em uma coisa boa: EU!


Sobre a morte da Mel eu explico depois, agora chega de devaneios, até porque meu pai chegou com a Anne.

- MANINHAAAAAA! – Eu escutei um grito vindo das escadas e saí correndo.

- Que saudade freak! – Eu disse esmagando a Anne em um abraço.

- Também tava com saudade. Mas agora vamos descer, o papai quer conversar.

- Viiiish! Azedou meu lado né? – Eu disse fazendo ela rir.

- Mas você também, mal descobre que é mais rica que antes e já destrói a casa e o carro.

- Mais rica que antes? Essa foi boa Anne! – Eu disse rindo enquanto descíamos. Quando chegamos a mesa, meu pai estava com uns formulários sobre ela e o computador com uma página com apartamentos aberta.

- Sentem-se as duas. – Ele disse bem sério, mais sério do que quando ia falar sobre a escola. Realmente tô ferrada. – É o seguinte Noelle, enquanto eu estava esperando a Anne no aeroporto eu fiz a sua matrícula em um curso de fotografia que dura três meses. – Quando eu abri a boca para protestar ele me interrompeu. – Não adianta nem reclamar, eu sou seu pai, e você claramente precisa de direcionamento. – Ele disse apontando para a porta toda destruída. – O curso dura três meses, o tempo exato que sua irmã vai ficar aqui. Depois disso, você vai com ela para Nova York e vocês, com o dinheiro de vocês, vão comprar um apartamento e morar lá. Eu quero as duas trabalhando e estudando. Vocês podem se divertir, afinal são jovens, mas eu quero acima de tudo comprometimento. Vocês já são adultas e precisam encarar a vida, eu não vou mais fazer tudo por vocês. Eu sei Anne... – ele disse vendo que ela não estava entendendo o porque da bronca se estender a ela. – que você não é tão inconsequente quanto a sua irmã, mas você também não se arrisca e eu tenho medo de morrer amanhã, de repente, assim como as mães de vocês e as duas ficarem vivendo uma vida só as custas de herança. Eu não quero isso para as minhas filhas.

- Tá pai. Concordo. – Anne disse toda conformada, típico.
- OK, OK! Eu concordo também. Mas porque fotografia pai? – Eu disse em um tom confuso.

- Porque você já disse que é o único curso que te atrai um pouco. E vai ser isso, você estando pronta ou não. – Educação, a gente se vê por aqui né papai.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
ALLYNE DE VOLTA MUAHAHAHAHA! Vou até fazer maratona hoje de Mirrors u-u
Byebye potato's

Nenhum comentário:

Postar um comentário