Especial Happy B-Day = Liam

quinta-feira, 29 de agosto de 2013 | | | Nenhum comentário:




Liam James Payne, nasceu em 29 de agosto de 1993 em Wolverhampton, Inglaterra.

Signo : Virgem
Altura  : 1,78 m
Família : Tem 2 irmãs , Nicola e Ruth.
Cor preferida : Roxo
Primeiro Show : Gareth Gates
Super poder que gostaria de ter  : Invisibilidade
Música favorito : Happy Birthday (música de feliz aniversário)
Tamanho dos sapatos : 40
Medo : De colheres
Celebridade que gosta  : Leona Lewis
Citação bem conhecida : “Eu costumava ter tartarugas, mas elas estão mortas.”

Curiosidades : 
Liam gosta muito das músicas de John Mayer.
Liam gosta de sanduíches de presunto.
O nome da mãe de Liam é Karen.
Liam gosta de seus braços.
Liam gosta de fazer compras no “All Saint”.
Liam ama tudo que tenha a ver com Disney.
Liam chorou no filme Marley e Eu.
Liam se descrevia como o Troy de HSM, porque ele ama basquete e cantar.
Se Liam pudesse ter a aparência de algum famoso, ele escolheria a de Russell Brand.
A música do Justin Bieber que Liam mais gosta é Somebody To Love.
O melhor amigo do Liam se chama Andy.
Ele rasgou as calças no palco e teve que cantar para varias pessoas com uma parte de sua samba canção do super-man aparecendo.
Ele adora Toy Story.
Ele disse que sairia com uma garota se ela estiver chorando. (é noiz colirio!)
Ele fez um teste em Birmingham para o X Factor.
Se não estivesse participando do One Direction provavelmente seria bombeiro.
Na audição doThe X Factor cantou “Cry Me a River”
Liam é associado à tartarugas.
Seu twitter é @Real_Liam_Payne.
Seu primeiro beijo foi com uma garota chamada Vicky e ele tinha 11 anos.
Sua primeira paixão de verdade foi Emily, onde Liam cantou para ela e Emily o ''chutou'' no dia seguinte.
A música cantada por ele foi "Let me love you".
Foi EMILY que ignorou ele 22 vezes.
Seu filme preferido é Click e todos do Toy Story.
Prefere pipoca doce.
Liam foi contagiado por Harry com o vício de andar nu.
Quando criança foi operado e por conta disso, só tem um rim.
É o inteligente da banda.
Está namorando com Sophia Smith.

Imagine = Desculpa por demorar

quarta-feira, 28 de agosto de 2013 | | | 5 comentários:



A Casa sem Fim 

Deixe-me começar dizendo que Louis Tomlinson era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Louis com muita frequência. Nós costumávamos conversar online às vezes . Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem.

"Harry, cara, nós precisamos conversar."

Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome, pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue à saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7 km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.

Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.

Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.

A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.

Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.

No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.

A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.

Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.

O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.

Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Virei-me e cai dentro do quarto 5.

Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.

Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou apenas me surpreendeu. Árvores tinham crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Levantei-me do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.

Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momentos de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti-os rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los, mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu os ouvia voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Joguei-me no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.

Eu comecei a rastejar. Não tinha idéia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceram horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr, mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que esteja no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. A sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.

Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinha sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-

"Você está bem?"

Pulei do chão e me virei rapidamente. Encostei-me contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.

A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos louros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assustado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.

"Harry, você deveria ter ouvido"

Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.

Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Dizia-me que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Virei-me lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Virei-me para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Levou-me um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.

Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Virei-me e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.

Assim que cheguei a casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi à primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.

Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilados ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.

Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. Os rostos dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo  os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria os ouvir falarem. Não queria que as vozes fossem igual a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora às mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.

Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.

Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era Harry Styles. Aproximei-me. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.

"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."

"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."

"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.

"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"

"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"

"Por que você está falando isso? Apenas se acalme certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. “O Harry sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9”

"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."

Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.

"Harry?" Eu tive que perguntar.

"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao Harry. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para Harry - Da Gerência.

A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Louis, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Louis Tomlinson soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro Harry se calou.

"Harry," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"

Levantei-me do chão e apertei a faca na minha mão.

"Eu vou sair daqui."

Harry continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram igual a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei-a mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.

"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.

A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Sentia-me leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Senti-me perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Senti-me desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.

Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.

Harry Styles,

Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.

Da sua eterna,

Gerência

Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.

Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.

Agora eu deixo essa carta para todos saberem por que me suicidei, eu não agüentava mais os pesadelos sempre que eu fecho os olhos, imagens da casa vêm a minha mente toda noite, estou louco e não agüento mais. Eu já me arrependo de não ter escuta Louis Tomlinson , estou atormentado e louco. Essas são minhas ultimas palavras, só quero que diga aos meus pais que eu os amos.

*~* *~* *~*

Harry Edward Styles - 25 Anos - Causa da morte: Suicídio -  Lembre-se cara leitor a case sem fim te espera para ver se você consegue agüentar aos 9 quartos. - Com Amor a Gerencia.


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gEnte, socorro, não vou conseguir dormir anoite ;/ kkkkkkk mentira.. mas pra me desculpar postei esse Imagine Suspense, gostaram? Semana de prooooooovaaaaaaa

Continuo Don't Let Me Go com 10 Comentários xoxoxoxo

True Love - Capítulo 1 - Dereck - Primeira Temporada

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-Dereck


Savannah P.O.V 




- Aeroporto - 8:47 a.m - Reino Unido/Londres -


Por onde posso começar...?

Flash Back On-

"Senhores passageiros, por favor, coloquem os cintos, iremos pousar." - É, finalmente consegui a assinatura de meus pais para fazer esse intercâmbio. Sempre era os mesmos comentários: "Savannah, você só tem 15 anos, não sabe nem cozinhar, quem dirá ficar 4 meses longe da gente?" ou "Vai que a casa que você cai, são de estupradores... Ou até mesmo psicopatas!?!" E as minhas repostas sempre eram: "Eu posso sobreviver com Feed Foods. E também, nenhum psicopata se inscreveria para uma adolescente que não sabe falar a língua, irritante, para morar com ele." E assim, todos os dias nesse diálogo, consegui finalmente a frase: "Você não nos deixará em paz em quanto não assinarmos, não é mesmo?"

Depois disso foi só esperar para receber a carta com as passagens e o horário, até que não demorou muito pra chegar.

*~*

Sai do aeroporto indo direto para a área do taxímetro, esperar algum senhor bom que poderia me tirar desse frio gelado e me levar para a casa dos Frisheer's. "Por que eles não foram te buscar?" Bem, eu me atrasei para sair de casa e acabei tendo que pagar outro voo, estou aqui sem o grupo de inter cambistas e os Frisheer's.

*~*

Depois de longos minutos, um senhor abençoado apareceu dirigindo um Taxi, e estacionou na minha frente. Saiu do carro e pegou minhas malas, as colocando atrás do carro. Entrei junto com ele e... Vamos torcer para que ele me entenda falando.

Ele: Onde a mocinha gostaria de ir? - Disse com sotaque, não parecia ser dali de BradFord.
Eu: Quero ir para esse lugar. - Disse entregando o papelzinho que havia ido junto com minhas passagens de avião.
Ele: Okay. - E mexeu no seu GPS, que logo após ter tirado a mão ele apitou. - Você não é daqui, não é mesmo?
Eu: Não, - ri sem graça - sou do Brasil, Brasília pra ser específica. - Ficamos um tempo em silêncio. - Você também não apresenta ser daqui.
Ele: Oh, não - riu - sou de New York.
Eu: Sério? E como é lá?
Ele: Ah, é muito diferente daqui. Lá em todas as esquinas tem um "barzinho" ou um casino, cheio de gente viciada. Muito cheiro de bebida. Mas também tem um lado mais familiar, que tem lojas de tudo, simplesmente de TUDO.
Eu: Você gostava de lá?
Ele: Sim. - Pareceu pensativo.
Eu: Então por que veio morar pra cá? Se me permite perguntar...
Ele: Lá eu tinha uma família, - começou - uma mulher e um filho, mas um dia, eu estava muito alterado e - vi seus olhos ficarem cheios de lágrimas - e estávamos voltando de viajem, até que eu não vejo que o farol havia se fechado e um caminhão veio em alta velocidade na porta onde estava minha mulher e meu... e o meu filho.
Eu: Oh meu Deus, me desculpa, eu não sabia di... - Ele me interrompeu.
Ele: Não se desculpe, não foi sua culpa. - Ficamos mais alguns minutos em silêncio.
Eu: Ah, prazer meu nome é Savannah. - Disse encarando-o pelo retrovisor, sorrindo.
Ele: Sou Dereck. - Olhou sorrindo para o espelho interno.

Mais alguns minutos de silêncio.

Dereck: Prontinho, chegamos senhorita Savannah. - Disse estacionando o carro em frente de uma casa grande.
Eu: Me chame de Sav, gasta menos salivas - Disse rindo, o que fez ele rir também. Saímos do carro e fomos para a parte traseira do carro, retirar minhas malas.
Dereck: - Estavámos nos despedindo - Ah, antes que me esqueça. Aqui está meu contato, qualquer coisa me ligue "Sav". - riu - Até mais Sav.
Eu: Tchau e brigada de novo, Dereck. - Peguei minhas malas de rodinhas e fui à puxando até a porta da casa. Toquei a campainha que fazia um barulho engraçado "Dig-Dig-Don". Vi a porta se abrindo lentamente, revelando uma menina loira, acho que tem a minha idade. - Prazer eu sou..
Ela: Não queremos mais biscoito, já compramos três vezes essa semana. Volte amanhã. Tchau. - E fechou a porta na minha cara. Okay, o que foi aquilo? Toquei mais uma vez a campainha. - O que você quer de novo?!
Eu: Prazer eu sou a Savannah Beckter Olin. - Ela continuou sem entender nada. - A inter cambista.
Ela: Aaah sim. Pode entrar. - Disse me dando espaço pela primeira vez. - Desculpa ter te tratado daquele jeito, é que sempre são garotas vendendo biscoito para ajudar a formatura da escola e blablabla. 
Eu: Entendo. Ér... Onde eu poderia colocar minhas malas? - Disse desajeitada.
Ela: Ah sim, segundo quarto à direita. - Ia subindo as escadas até que ela me chama de novo - E prazer, meu nome é Alison, mas pode me chamar de Ali. - Assenti sorrindo com a cabeça e voltei a subir as escadas.

``Segundo quarto à direita, segundo quarto à direita´´ - Fiquei repetindo pra mim mesma até terminas as escadas e entrar no corredor. - Aqui, um, dois. - Disse contando as portas. - Deve ser esse. E entrei.
E sim, era o meu quarto, a partir de hoje. Até que era bonitinho.


Ali tinha diversas fotos, a primeira foto da primeira fileira era Alison com um menino em uma espécie de lago. A segunda era de uma mulher e Alison. A terceira era de um bebê com a mulher da outra foto e meia cabeça de um homem.
Na segunda fileira, tinha um homem imitando Cristo Redentor. Depois o menino do lago com uma menininha fofa, tinha olhos claros e era morena. A última estava todos em um piquenique na floresta, mas havia mais gente.
Na terceira fileira havia muita gente, várias pessoas na primeira foto. Na segunda um garoto gordinho fofo. Na terceira, era na mesma floresta, com Alison e o menino do lago. ``Devem ser namorados´´ - Pensei.
Na última fileira eram quadros vazios, sem nada nos porta-retratos. 

Alison.
Alison.

Ela era bonita - Coloquei minha mala em cima da cama, tirando minhas roupas e colocando no guarda-roupa. - Era loira com olhos claros, não tinha muito "corpo", pelo contrário, era bem magra. Os cabelos dela formavam ondas conforme ficava. - Terminei de colocar minha roupa e fui descer para pegar um pouco d'água na cozinha.

*~*

Bebia água em frente à pia, enquanto mexia no meu celular. Até que levo um susto com uma voz saindo de trás da bancada.
Alison: Tá fazendo o que aí?


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Heyheyhey gente boa, ta aí, vou pedir comentários no imagine que vou postar, ok?
Até daqui a pouco Guys!!

Don't Let Me Go - Capítulo 12

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Feliz aniversário, Mia! Ou eu deveria dizer feliz aniversário atrasado?

Richard deu um risinho nervoso. A boca de Mia se escancarou com o choque, à vista de seu irmão mais velho de pé na soleira da porta. Aquele era um acontecimento raro; na verdade, era a primeira vez. Ela abria e fechava a boca como um peixe, sem saber absolutamente o que dizer.

— Comprei para você uma mini-orquídea Phalaenopsis — disse ele, estendendo-lhe uma planta num vaso. - Elas foram cortadas novas, brotaram e estão prontas para florescer.

Aquilo soava como um anúncio. Mia ficou ainda mais impressionada quando ele tocou os diminutos botões cor-de-rosa.

- Puxa vida, Richard, orquídeas são as minhas favoritas!

- Bem, de qualquer forma você tem um grande e bonito jardim aqui; bonito e... - ele limpou a garganta - verde. Crescido demais, talvez... Sua voz extinguiu-se e ele deu início ao balanço aborrecido que costumava fazer com os pés.

- Você gostaria de entrar ou está só de passagem? - ”Por favor diga não, por favor diga não.” Apesar do atencioso presente, Mia não estava nada propensa à companhia de Richard.

— Sim, vou entrar por um instante.

Ele limpou os pés à porta durante uns bons dois minutos antes de entrar em casa. Ele fazia Mia lembrar-se de seu antigo professor de matemática na escola, com seu cardigã marrom de tricô e calças marrons que terminavam exatamente sobre os pequenos e polidos sapatos marrons. Não tinha um fio de cabelo fora do lugar na cabeça e suas unhas estavam limpas e perfeitamente manicuradas. Mia podia imaginá-lo medindo-as com uma pequena régua todas as noites, para ver se não ultrapassavam o padrão europeu de comprimento exigido para unhas, se tal coisa existisse.

Richard nunca parecia confortável na própria pele. Parecia asfixiado até a morte por sua gravata (marrom) fortemente apertada e sempre caminhava como se tivesse uma longa trave enfiada no traseiro. Nas raras ocasiões em que sorria, o sorriso nunca conseguia alcançar seus olhos. Era o sargento responsável pelo treinamento de seu próprio corpo, gritando e punindo-se cada vez que escorregava para um comportamento humano. Era o que ele fazia consigo mesmo, e o mais triste era que se achava melhor do que todos por isso. Mia conduziu-o à sala de estar e colocou o vaso de cerâmica provisoriamente em cima da TV.

- Não, não, Mia - disse ele, sacudindo o dedo na direção dela, como se ela fosse uma criança desobediente. - Você não deve colocá-la aí. Ela precisa ficar num local fresco, longe do frio e do sol forte e de correntes de ar quente.

— Oh, claro. — Mia pegou de volta o vaso e procurou em pânico, ao redor do aposento, um local apropriado. O que ele havia dito? Um lugar longe do frio e aquecido? Por que ele sempre conseguia fazê-la se sentir como uma garotinha incompetente?

- O que acha daquela mesa pequena no centro? Ela ficaria segura ali. Mia obedeceu e colocou o vaso sobre a mesa, quase esperando que ele dissesse ”boa menina”. O que ele felizmente não fez.

Richard assumiu sua posição favorita ao lado da lareira e inspecionou o aposento.

- Sua casa é muito limpa - comentou.

- Obrigada, eu simplesmente, eh... a limpo. Ele assentiu como se já soubesse.

- Você quer um chá ou um café? - perguntou ela, esperando que ele dissesse

- Sim, ótimo - disse ele, aplaudindo. - Chá seria excelente. Só com leite, sem açúcar.
Mia voltou da cozinha com duas canecas de chá e depositou-as sóbre a mesa de centro. Torcia para que o vapor que se elevava das canecas não assassinasse a pobre planta.

- Você só precisa molhá-la regularmente e alimentá-la durante os meses da primavera. - Ele ainda estava falando da planta. Mia assentiu, sabendo muito bem que não faria nada daquilo.

- Eu não sabia que você tinha dedos verdes, Richard - disse ela, tentando desanuviar o ambiente.

— Só quando estou pintando com as crianças. Pelo menos é o que Meredith fala — riu ele, lançando uma de suas raras piadas.

- Você trabalha muito em seu jardim? - Mia estava ansiosa para manter a conversa fluindo; com a casa muito quieta, qualquer silêncio era amplificado.

- Oh sim, adoro trabalhar no jardim. - Os olhos dele se iluminaram.

- Os sábados são meus dias de jardim - disse ele, sorrindo para sua caneca de para Mia, era como se um completo estranho estivesse sentado ao seu lado.

Percebeu que sabia muito pouco sobre Richard e ele igualmente sabia muito pouco sobre ela. Mas esse fora o modo como Richard sempre quisera manter as coisas; sempre se distanciara da família, mesmo quando eram mais jovens. Nunca compartilhava com eles as novidades excitantes, ou contava como fora seu dia.

Estava sempre cheio de fatos, fatos e mais fatos. A primeira vez que a família sequer ouviu falar de Meredith foi no dia em que ambos apareceram para jantar, a fim de anunciar seu noivado. Infelizmente, nesse estágio, era muito tarde para convencê-lo a não se casar com o dragão de cabelos de fogo e olhos verdes. Não que ele houvesse lhes dado ouvidos, de qualquer modo.

- Então - anunciou ela, alto demais no aposento ecoante -, alguma coisa estranha ou assustadora? Como o porquê de você estar aqui?

- Não, não, nada estranho, está tudo indo, como sempre. - Ele tomou um gole de chá e um instante mais tarde acrescentou: - Nada assustador tampouco, no que diz respeito a isto. Simplesmente pensei em aparecer e dizer olá enquanto estava na área.- Ah, certo. É raro você estar deste lado da cidade - riu Mia. - O que o traz ao obscuro e perigoso mundo da zona norte?

- Ah, só um pequeno negócio - resmungou ele consigo mesmo. Mas meu carro está estacionado do outro lado do rio Liffey, claro!

Mia forçou um sorriso.

- Só estou brincando, claro - ele acrescentou. - Está ali na frente da casa... ele está seguro, não está? — perguntou, sério.

- Acho que deve estar tudo OK - disse Mia sarcástica. - Hoje não parece haver nenhum suspeito vagando pelo beco em plena luz do dia. Era um desperdício usar seu humor com ele. — Como estão Emily e Timmy, desculpe, quero dizer, Timothy? - Havia sido um lapso honesto dessa vez.

Os olhos de Richard se iluminaram.

- Oh, eles estão bem, Mia, muito bem. De qualquer forma, preocupam. - Ele afastou os olhos e inspecionou a sala de estar.

- O que você está querendo dizer? - perguntou Mia, pensando que talvez Richard pudesse se abrir com ela.

- Não é nada especial, Mia. Crianças em geral são uma preocupação. - Ele empurrou o aro dos óculos para cima do nariz e olhou-a nos olhos. - Creio que você é feliz por não ter de se preocupar com estas besteiras de crianças - disse ele rindo.

Fez-se silêncio.

Foi como se Mia tivesse recebido um chute no estômago.

— Então, ainda não encontrou emprego? — continuou ele. 

Mia imobilizou-se na cadeira, em choque. Não podia acreditar que ele tivesse tido a audácia de lhe dizer aquilo. Sentia-se insultada e ferida e o queria longe de sua casa. Realmente não estava mais disposta a ser educada e decerto não podia se dar ao incômodo e explicar, para aquela mente insignificante e estreita, que sequer começara a procurar emprego, já que ainda estava sofrendo com a morte de seu marido. Uma ”bobagem” pela qual ele não teria que passar pelos próximos cinqüenta anos.

- Não - vomitou ela.

- Então o que está fazendo para ganhar dinheiro? Inscreveu-se no seguro social?

- Não, Richard - disse ela, tentando não perder a paciência. - Não me inscrevi no seguro social, recebo uma pensão de viúva.

- Ah, uma coisa incrível e cômoda, não?

- Cômoda não é bem a palavra que uso; devastadora, deprimente é mais apropriado.

A atmosfera estava tensa. De repente, ele deu um tapa na perna, sinalizando o fim da conversa.

— Preciso ir e voltar ao trabalho então — anunciou ele, levantando-se e se estirando exageradamente, como se tivesse permanecido sentado por horas.

- OK - Mia estava aliviada. - É melhor ir enquanto seu carro ainda está lá. - Mais uma vez ela desperdiçou seu humor; ele estava espreitando pela janela para verificar.

- Você está certa; ele ainda está lá, graças a Deus. De qualquer modo, foi bom ver você e obrigado pelo chá — disse ele para um ponto na parede acima da cabeça dela.

- De nada, e obrigada pela orquídea - disse Mia, de dentes cerrados. Ele atravessou o jardim e parou no meio do caminho para examinálo. Balançou a cabeça em sinal de desaprovação e gritou para ela:

- Você realmente precisa conseguir alguém para arrumar esta bagunça - e partiu em seu carro marrom estilo familiar.

Mia espumava enquanto o observava afastar-se e fechou a porta com força. Aquele homem fazia seu sangue ferver tanto, que sentia vontade de nocauteá-lo.

Ele simplesmente não tinha idéia... de nada.

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Não se preocupem, vou postar 3 coisas hoje, esse capítulo de Don't Let Me Go - Avá - , Cap. 1 de True Love e um imagine, pra tentar me desculpar com vocês ;/
Até daqui a pouco Guys!!

True Love - Piloto

terça-feira, 20 de agosto de 2013 | | | Um comentário:
Na Premiere de hoje *u*

Narrador P.O.V

A vida nunca é como imaginamos, nem muito menos como sonhamos, mas é nossa vida, certo? Savannah acreditava em contos de fadas, príncipe encantado, castelos mágicos... Mas oque ela não sabia, era que todos acordamos um dia.
Savannah nunca havia se apaixonado, nunca deu valor ao que realmente tinha. E agora? Agora não adianta chorar.

"-O que aconteceu com Savannah?" 

Apenas uma coisa, uma frase, uma palavra mas vários acontecimentos... Viajou para BradFord.


Savannah P.O.V 

- Aeroporto - 8:47 a.m - Reino Unido/Londres -

Peguei minha necessaire na parte de cima do acento e a coloquei sobre o ombro, sai do avião, já sentindo aquele vento gelado novamente me fazendo arrepiar.
Mais uma fez, mais um ano, de novo nesse lugar.
Eu odeio e amo esse lugar... Por que? Tem nome e sobrenome. Zayn Jawaad Malik.

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Está pequeno? Sim kk muito, mas eu vou postar o capítulo 12 de DLMG e tento, observação, TENTO postar o verdadeiro capítulo 1 hoje ;3
Bye!

Don't Let Me Go - Capítulo 11

quinta-feira, 15 de agosto de 2013 | | | 10 comentários:


Reconhecem? o.O kkkkkk


- Estou reconhecendo algumas pessoas aqui - disse Jack, examinando o público.

— A maioria tem menos de 18 anos.

Uma jovem, vestida com jeans rasgado e um top que deixava à mostra a barriga, aproximou-se de Jack devagar, com um sorriso inseguro no rosto. Pousou o dedo sobre os lábios, como se lhe pedisse para ficar quieto. Jack sorriu e acenou de volta.

Mia olhou para Jack com ar interrogativo.

- O que isto quis dizer?

— Sou o professor de inglês dela no colégio. Ela tem somente 16 ou 17 anos. De qualquer forma, é uma boa menina. —Jack a seguiu com os olhos enquanto passava, então acrescentou: - Mas é melhor que ela não se atrase para a aula amanhã.

Mia observou a garota tomar um gole com os amigos, desejando ter tido um professor como Jack na escola; todos os alunos pareciam adorá-lo. E era fácil ver por quê; ele era um tipo de pessoa cativante.

- Bem, não diga a ele que eles têm menos de 18 anos - disse MIa num sussurro, balançando a cabeça na direção de Daniel.

O público aclamou e Declan assumiu sua personalidade mauhumorada, enquanto passava a correia da guitarra por sobre os ombros. A música começou e depois disso não houve possibilidade de manter nenhum tipo de conversa. O público começou a pular para cima e para baixo, e logo o pé de Mia foi pisado.

Jack apenas olhou para ela e riu, divertido com o seu óbvio desconforto.

- Posso trazer uma bebida para vocês dois? - gritou Daniel, fazendo com a mão um gesto de quem bebe alguma coisa. Jack pediu uma Budweiser e Mia contentou-se com um Sevxn-Up. Eles observaram Daniel lutar contra a multidão dançante e passar para trás do bar para fazer os pedidos. Retornou minutos depois com as bebidas e um banco para Mia.

Eles voltaram a atenção para o palco novamente e observaram seu irmão atuar. A música, na realidade, não fazia o gênero de Mia, e era tão alta e barulhenta que ela achava difícil dizer se eles eram de fato bons. Era um estilo muito diferente dos sons tranqüilos de seu CD favorito, de rock suave, portanto talvez não estivesse na posição certa para julgar os Morangos Negros. De qualquer forma, o nome na verdade dizia tudo.

Quatro músicas depois, MIa já tivera o bastante e deu um abraço e um beijo de despedida em Jack.

— Diga a Declan que fiquei até o fim!— gritou. — Foi um prazer conhecêlo, Daniel. Obrigada pelas bebidas — bradou ela e abriu caminho de volta à civilização e ao ar saudável e frio. No carro, a música continuou a soar em seus ouvidos por todo o caminho até em casa. Eram dez horas quando chegou. Somente mais duas horas até maio. O que significava que poderia abrir outro envelope.

Mia sentou-se à mesa da cozinha tamborilando nervosamente com os dedos na madeira. Engoliu sua terceira xícara de café e descruzou as pernas. Manter-se acordada por mais duas horas provou-se mais difícil do que pensara; evidentemente, ainda estava cansada dos excessos de sua festa. Deu pancadas com os pés sob a mesa, sem seguir nenhum ritmo em especial, então cruzou outra vez as pernas.

Eram 11:30 da noite. O envelope estava diante dela e ela podia quase vê-lo colocar a língua para fora, cantarolando: ”Nã-nã-nã-nã.”

Ela o pegou e o fez correr por suas mãos. Quem saberia se o abrisse mais cedo?

Eleanor e Louis provavelmente tinham até mesmo esquecido que havia um envelope para maio e era bem possível que Denise estivesse nocauteada depois do estresse de seus dois dias de ressaca.

Mas não era verdade.

Harry saberia.

Sempre que Mia segurava o envelope na mão, sentia uma conexão com Harry. As duas últimas vezes em que os abrira, fora como se Harry estivesse sentado bem ao seu lado, rindo de suas reações. Tinha a sensação de que estavam participando juntos de uma brincadeira, embora se achassem em dois mundos diferentes. Mas ela podia senti-lo, e ele saberia se ela trapaceasse, saberia se ela desobedecesse às regras do jogo.

Depois de outra xícara de café, ela estava subindo pelas paredes. O ponteiro pequeno do relógio parecia estar se preparando para uma participação em Baywatch, com seu lento movimento ao redor do mostrador, mas por fim deu meianoite. Mais uma vez, ela girou o envelope devagar e apreciou cada momento do processo. Harry sentava-se diante dela à mesa.

- Vamos, abra!

Ela rompeu cuidadosamente o lacre e correu os dedos sobre ele, sabendo que a última coisa a tocá-lo fora a língua de Harry. Fez o cartão deslizar para fora do envelope e o abriu.

Vamos, diva das discotecas! Enfrente seu medo de karaokê no Club Diva este mês e, nunca se sabe, você pode ser recompensada...

PS, eu te amo...

Sentia que Harry a observava; os cantos de seus lábios ergueram-se num sorriso e ela começou a rir. Mia  repetia sem parar ”dejeito nenhum!”, sempre que recuperava o fôlego. Por fim, acalmou-se e anunciou para o aposento:

- Harry! Seu safado! Não vou, de jeito nenhum, passar por isso; absolutamente!

Harry riu alto.

- Isto não é engraçado. Você sabe como me sinto a respeito e me recuso a fazer isto. De maneira nenhuma. Não faço.

- Você sabe que tem de fazer - riu Harry.

-Não!

- Faça isto por mim.

- Nem por você, nem por mim, nem em nome da paz mundial. Detesto karaokê!

- Faça isto por mim - repetiu ele.

O som do telefone fez Mia pular na cadeira. Era Eleanor.

- OK, são meia-noite e cinco; o que dizia no envelope? Louis e eu estamos morrendo de curiosidade!

— O que os faz pensar que o abri?

- Ah! - bufou Eleanor. - Vinte anos de amizade me qualificam como uma expert em você; agora vamos, o que ele diz.

- Não vou fazer isto - declarou Mia bruscamente.

- O quê? Não vai contar?

— Não, não vou fazer o que ele quer que eu faça.

— Por quê? O que é?

- É apenas uma tentativa patética de Harry de ser engraçado. - Ela focalizou o teto.

- Agora estou curiosa - disse Eleanor -, conte.

- Mia, acabe com o mistério, o que é? - Louis estava ao telefone no andar de baixo.

— OK... Harry quer que eu... eu... cantenumkaraokê — disparou ela.

— Ha? Mia, não entendemos uma palavra do que você disse — desesperou-se Eleanor.

- Não, eu entendi - interrompeu Louis. -Acho que ouvi alguma coisa sobre karaokê. Estou certo?

- Está - replicouo Mia,como uma menininha corajosa.

- E você tem de cantar? - perguntou Eleanor.

— Si-iim — respondeu ela devagar. Talvez, se não respondesse, aquilo não precisasse acontecer.

Os outros dois começaram a rir tão alto que Mia teve de afastar rapidamente o fone do ouvido.

- Liguem novamente quando os dois calarem a boca - disse ela zangada, desligando.

Minutos depois, eles ligaram outra vez.

-Sim?

Ela ouviu Eleanor resfolegar no telefone, ter novo acesso de riso e então a linha ficou muda. Dez minutos mais tarde, ela ligou novamente.

- Sim?

- Certo. - A voz de Eleanor soava excessivamente séria, num tom de ”vamos voltar aos negócios”. — Desculpe pelo riso, estou bem agora. Não olhe para mim, Louis — disse Eleanor longe do aparelho. — Sinto muito, Mia, é que fiquei pensando na última vez em que você...

- Sim, sim, sim - interrompeu ela -, não precisa trazer isto de volta. Foi o dia mais embaraçoso de minha vida, portanto me lembro dele vagamente. Eis o motivo por que não vou fazer isto.

- Mia, você não pode deixar que uma coisa idiota destas a prejudique!

- Bem, se isto não prejudica uma pessoa, então estão todos loucos do ponto de vista médico!

— Mia, foi só uma pequena queda...

- Sim, obrigada! Lembro muito bem! De qualquer modo, sou um horror cantando, Eleanor; acho que isto ficou maravilhosamente estabelecido da última vez!

Eleanor permaneceu calada.

— Els?

Ainda o silêncio.

- Els, ainda está aí?

Não houve resposta.

- Eleanor, você está rindo? - perguntou Mia.

Ela ouviu um pequeno grunhido e a linha ficou muda.

- Que amigos maravilhosamente compreensivos eu tenho - resmungou baixinho. - Oh, Harry! - gritou Mia. - Achei que você iria me ajudar, não me provocar um ataque de nervos!

Ela dormiu muito pouco naquela noite.

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AVISO TRUE LOVE.
Bom, avisando antes, EU NÃO FIZ NENHUM CAPÍTULO AINDA... mas acabei Don't Let Me Go, então...
À cada comentário (a quantidade qe eu pedir) no capítulo de Don't Let Me Go, eu posto 1 capitulo de True Love, e a cada comentário (a quantidade qe eu pedir) no capítulo de True Love, posto o proximo capitulo de Don't Let Me Go, e VAI FICAR NESSE CICLO.

Hum.... Gostaram da mudança que eu fiz? Eu achei cute ;3'
Proximo capítulo com 10 comentários xoxoxo

Imagine ~ Loved You First ~ Terminada

quinta-feira, 1 de agosto de 2013 | | | Nenhum comentário:




Sinopse: SeuNome é : Mellony.
Quando era criança, seus pais se divorciaram. Então foi morar no Canadá com seu pai, enquanto Harry ficou com sua mãe, em Holmes Chapel . Hoje ele tem uma banda, chamada One Direction, e ela, é artor. Depois que descobre onde, quem é seu irmão, procurá saber mais sobre ele NO GOOGLE 88) ... Quando resolve realmente conhecer ele pessoalmente, sua vida virou de cabeça para baixo! Descobre várias coisas sobre sí mesma... Uma paixão... Um sonho.. e o.... Primeiro Amor.

Autora: Maria Fernanda / Twitter / Ask / Face 
Personagens: Aqui + Aqui
Classificação: +16
Categoria: One Direction, Jeremy Sumpter e Katelyn Tarver.
Gênero: Romance e Comédia
Começo: 14/04/2013  Termino: 20/07/2013
 Terminada:Sim

Capítulos:






Don't Let Me Go - Capítulo 10

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Tem um olho na minha lágrima! Ar? Cadê você?


Mia chegou ao Hogan's sentindo-se muito melhor do que na véspera, mas suas reações ainda estavam um pouco mais lentas que o normal. Suas ressacas pareciam piorar gradualmente à medida que ficava mais velha, e o dia anterior ganhara a medalha de ouro da maior ressaca de todas. Saíra para uma longa caminhada ao longo da orla marítima, de Malahide até Portmarnock, mais cedo, e a brisa leve e fresca havia ajudado a clarear sua desordenada cabeça.

Fora convidada para o jantar de domingo na casa dos pais, onde recebera de presente um lindo vaso de cristal Waterford pelo seu aniversário. Tinha sido um dia maravilhoso e relaxante com os pais, e ela quase precisou ser arrancada do sofá para ir ao Hogan’s. O Hogans era um clube popular de três andares, situado no centro da cidade, e mesmo num domingo o lugar estava lotado. O primeiro andar era uma boate da moda, que tocava todas as músicas recentes em cartaz.

Era aonde as pessoas jovens e bonitas iam para exibir a última moda. O pavimento térreo era um pub irlandês tradicional para o pessoal mais velho (em geral freqüentado por homens de mais idade, empoleirados em bancos altos ao lado do bar e inclinados sobre sua dose de bebida, vendo a vida passar). Algumas noites por semana, havia um grupo de música irlandesa tradicional, que tocava todos os sucessos antigos e era popular entre os jovens e os mais velhos. O porão, escuro e sujo, era onde as bandas normalmente se apresentavam; a clientela compunha-se meramente de estudantes e Mia parecia ser a pessoa mais velha ali.

O bar consistia numa minúscula bancada na extremidade do longo corredor e estava cercado por uma imensa multidão de jovens estudantes vestindo jeans imundos e camisetas rasgadas, empurrando-se violentamente uns aos outros, a fim de serem servidos.

Os funcionários do bar também tinham a aparência de quem deveria estar na escola e corriam de um lado para o outro a centenas de quilômetros por hora, o suor pingando dos rostos.

O porão era abafado, sem nenhuma ventilação ou ar condicionado, e Mia estava achando difícil respirar no ar enfumaçado. Praticamente todos ao seu redor pareciam fumar e os olhos dela já incomodavam. Mia temia pensar em como estaria o lugar dentro de uma hora, embora parecesse a única a se incomodar com isso.

Acenou na direção de Declan, para que ele soubesse que estava ali, mas decidiu não se aproximar, já que ele se achava rodeado por uma multidão de garotas. Não queria restringir a liberdade do irmão. Quando mais nova, Mia abrira mão do ambiente estudantil. Decidira não ir para a faculdade depois do colégio e em vez disso começara a trabalhar como secretária, pulando de emprego em emprego a cada poucos meses, para terminar no horrível trabalho que abandonara para poder estar com Harry enquanto ele estava doente.
Em todo caso, duvidava que houvesse permanecido por muito mais tempo. Harry havia estudado marketing na Universidade de Dublin, mas nunca se enturmara muito com os colegas de faculdade; em vez disso, optara por sair com Mia, Eleanor e Louis, Denise e com quem quer que ela estivesse na ocasião.

Olhando à sua volta, Mia não achava que tinha perdido nada especial.

Por fim, Declan conseguiu livrar-se de suas fãs e abriu caminho na direção de Mia.

- Olá, sr. Popular, sinto-me privilegiada por ser a próxima com quem você escolheu conversar. - As garotas olhavam Mia de cima a baixo e se perguntavam que diabos Declan havia visto naquela mulher mais velha.

Declan riu e esfregou as mãos, com ar atrevido.

— Eu sei! Este negócio de banda é incrível, parece que vou ter um bocado de movimento esta noite - disse ele com arrogância.

- Como sua irmã, é sempre um prazer ser informada disto - replicou Mia sarcástica. Achou impossível manter uma conversa com Declan, já que ele se recusava a fazer contato visual com ela, procurando, em lugar disso, a multidão.

- Certo, Declan, vá, por que não? E paquere estas garotas lindas, em vez de ficar enterrado aqui com sua velha irmã.

- Não, não é isto - disse ele na defensiva. - É que fomos informados que um sujeito de uma gravadora poderia estar vindo para nos ver tocar esta noite.

- Que legal! - Os olhos de Mia ampliaram-se de entusiasmo por seu irmão.

Aquilo obviamente significava muito para ele, e ela sentia-se culpada por nunca haver demonstrado interesse pelo assunto. Olhou em volta e tentou localizar alguém que se parecesse com um sujeito de uma gravadora. Como seria ele? Não que ele fosse ficar sentado a um canto com um caderno de anotações e uma caneta, rabiscando furiosamente.
Por fim, seus olhos caíram sobre um sujeito que parecia muito mais velho que o restante do grupo, mais próximo da idade dela. Vestia uma jaqueta de couro preta, calças largas pretas e camiseta preta e mantinha as mãos nos quadris, fitando o palco. Sim, ele era definitivamente o cara da gravadora, já que um princípio de barba lhe cobria toda a mandíbula e ele parecia não ir para a cama havia dias. Devia ter ficado acordado a noite toda, todas as noites, naquela semana, assistindo a concertos e apresentações e provavelmente dormira o dia todo.

Provavelmente, também cheirava mal. A não ser que o sujeito fosse apenas um esquisitão, que gostasse de ir a noitadas de estudantes e paquerar todas as jovens. Também era uma possibilidade.

- Ali, Deco! - Mia ergueu a voz acima do barulho e indicou o homem. Declan parecia excitado e seus olhos acompanharam o dedo que ela apontava. Seu sorriso desapareceu quando reconheceu o sujeito.

- Não, este é apenas Danny - gritou ele e assoviou para chamar sua atenção.

Danny girou, tentando ver quem o chamava, acenou com a cabeça em sinal de reconhecimento e abriu caminho na direção deles.

- Ei, cara - disse Declan, apertando-lhe a mão.

— Ei, Declan, como vocês estão instalados? — O homem parecia tenso.

- OK.

Declan acenou sem entusiasmo. Alguém devia ter dito a Declan que agir de forma despreocupada era legal.

- A passagem de som correu bem? - O sujeito pressionou-o, atrás de mais informação.

- Houve alguns problemas, mas nós resolvemos.

- Então está tudo certo?

— Com certeza.

- Bom. - Seu rosto relaxou e ele virou-se para cumprimentar Mia. Desculpe-me por tê-la ignorado, sou Daniel.

- Prazer em conhecê-lo, sou Mia.

- Oh, desculpe - interrompeu Declan. - Mia, este é o proprietário; Daniel, esta é minha irmã.

- Irmã? Uau, vocês não são nada parecidos.

- Graças a Deus! - Mia articulou silenciosamente as palavras na direção de Daniel, de modo que Declan não pudesse enxergar e ele riu.

- Ei Deco, é a nossa vez! - gritou-lhe um rapaz de cabelo azul.

- Vejo vocês dois mais tarde - e ele saiu correndo.

- Boa sorte! - gritou Mia atrás dele. - Então você é um Hogan disse, virando-se para encarar Daniel.

- Bem, na verdade não, sou um Connelly - sorriu ele. - Só assumi o comando deste lugar algumas semanas atrás.

- Oh. - Mia ficou surpresa. - Eu não sabia que eles haviam vendido. Então você vai mudar o nome para Connellys?

— Não dá para colocar todas estas letras lá na frente, é um pouco longo demais.

Mia riu.

- Bem, todos conhecem o nome Hogan a esta altura; provavelmente seria uma estupidez mudá-lo.

Daniel concordou com um aceno de cabeça.

— Na verdade, este foi o motivo principal.

De repente, Jack surgiu na entrada e Mia acenou para ele.

- Sinto tanto estar atrasado... perdi alguma coisa? - perguntou ele, dando-lhe um abraço e um beijo.

- Não, ele está justamente prestes a começar. Jack, este é Daniel, o proprietário.

- Prazer em conhecê-lo - disse Daniel, apertando-lhe a mão.

- Eles são bons? - Jack perguntou-lhe, balançando a cabeça na direção do palco.

— Para dizer a verdade, nunca os ouvi tocar — disse Daniel preocupado.

- Isto foi muito corajoso da sua parte! - riu Jack.

- Espero que não tenha sido coragem demais - disse ele, virando-se para olhar para frente, à medida que os rapazes se encaminhavam para o palco.

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10/10 - 01.08.2013 - Eeeeeeeh como prometido, a maratona de 10 capítulos estão aí. Bons? Nem sei.. 

Então.. Muita coisa tá acontecendo, mudando, aparecendo, renovando, e voltando atrás... Bom? Nem um pouco. Ainda mais ontem que conheci uma menina que é a cara da Juliana.. Eai que eu me fodo néah? ... É isso gente... Malikisses

Continuo com 10 comentários xoxoxoxoxo

Don't Let Me Go - Capítulo 9

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Era uma grande moldura de prata, com uma fotografia de Eleanor, Denise e Mia no baile de Natal, dois anos atrás.

- Oh, estou usando meu vestido branco caro! - gemeu Mia de brincadeira.

— Antes que ele fosse destruído — apontou Eleanor.

- Céus, sequer me lembro da foto sendo batida!

- Sequer me lembro de ter estado lá - resmungou Denise.

Mia continuou a observar a foto com ar triste enquanto se encaminhava à lareira.

Aquele fora o último baile ao qual ela e Harry haviam ido, já que ele estava muito doente para comparecer no ano anterior.

- Bem, vou colocá-la no lugar mais importante - anunciou Mia, dirigindo-se à prateleira sobre a lareira e instalando a moldura ao lado de sua foto de casamento.

- OK, meninas, vamos fazer alguns drinques de verdade! - gritou Clara, e todos se abaixaram buscando segurança, enquanto outra garrafa de champanhe era
aberta. Duas garrafas de champanhe e várias garrafas de vinho tinto depois, as garotas saíram de casa aos tropeços e amontoaram-se dentro de um táxi. Em meio às risadas e à gritaria, alguém conseguiu explicar ao motorista aonde estavam indo.

Mia insistiu em sentar-se no banco do passageiro e em abrir seu coração para John, o motorista do táxi, que provavelmente desejava matá-la no momento em que chegaram à cidade.

- Tchau, John - gritaram todas para seu novo melhor amigo antes de despencar sobre o meio-fio na cidade de Dublin, de onde o observaram afastar-se em alta velocidade. Elas haviam decidido (enquanto bebiam sua terceira garrafa de vinho) tentar a sorte no Boudoir, o clube mais elegante de Dublin. O clube era reservado somente aos ricos e famosos, e todos sabiam que se alguém não era rico e famoso, precisava possuir um cartão de sócio para ter o acesso garantido. Denise caminhou até a porta, balançando friamente sua carteira de sócia da locadora de vídeo na cara do segurança. Acreditem ou não, foi barrada.

Os únicos rostos famosos que elas viram abordando os seguranças para entrar no clube, enquanto lutavam para passar, foram alguns leitores da estação nacional de TV, a quem Denise, hilária, lançava um sorriso e desejava sem parar um ”boa noite” muito sério. Infelizmente, depois disso, Mia não se lembrava de mais nada.

Mia acordou com a cabeça latejando. Sua boca estava tão seca quanto a sandália de Gandhi e sua visão, defeituosa. Apoiou-se em um dos cotovelos e tentou abrir os olhos, que, por algum motivo, estavam colados. Deu uma olhada ao seu redor. Estava claro, muito claro, e o quarto parecia estar girando. Algo muito estranho estava acontecendo. Mia avistou-se no espelho adiante e ficou assustada.

Teria sofrido algum acidente a noite passada? Suas energias a abandonaram e ela desmoronou em cheio sobre as costas novamente. De repente, o alarme começou a soar e ela ergueu ligeiramente a cabeça do travesseiro e abriu um dos olhos. ”Oh, leve o que quiser”, pensou, ”desde que você me traga um copo d’água antes de sair.” Depois de um curto tempo, ela percebeu que não era o alarme, mas o telefone tocando ao lado da cama.

- Alô? - grasnou.

- Ah, bem, eu não sou a única - soou uma voz muito doente na outra extremidade.

- Quem é? - grasnou Mia novamente.

- Meu nome é Eleanor, acho - veio a resposta -, mas não me pergunte quem é Eleanor, porque não sei. O homem ao meu lado na cama parece achar que o conheço. - Mia ouviu a risada alta de John ao fundo.

- Eleanor, o que aconteceu a noite passada? Por favor me esclareça.

- Aconteceu o álcool na noite passada - disse Eleanor sonolenta. — Muito, muito álcool.

- Alguma outra informação?

-Não.

- Sabe que horas são?

- Duas horas.

- Por que você está me ligando a esta hora da manhã?

- Da tarde, Mia.

- Oh! Como isto aconteceu?

— Gravidade ou algo parecido. Eu faltei esta aula na escola.

— Oh, Deus, acho que estou morrendo.

- Eu também.

- Acho que simplesmente vou voltar a dormir, talvez quando acorde o chão tenha parado de se mexer.

— Boa idéia, e Mia, bem-vinda ao clube dos trinta. Mia soltou um gemido.

- Não comecei da forma que pretendo continuar. A partir de agora, vou ser uma mulher de trinta anos sensível e madura.

— É, foi o que eu disse também. Boa noite.

- Boa noite.

Segundos mais tarde, Mia havia adormecido. Acordou em variados estágios durante o dia para atender ao telefone, todas as conversas parecendo fazer parte de seus sonhos. E fez diversas viagens à cozinha para se reidratar.

Por fim, às nove horas daquela noite, Mia sucumbiu às demandas gritantes de seu estômago por comida. Como sempre, não havia nada na geladeira, então decidiu curar-se com uma encomenda de comida chinesa. Encolheu-se de pijama na poltrona, assistindo à ótima programação de sábado à noite na TV, enquanto se empanturrava de comida. Após o trauma de se ver sem Harry em seu aniversário na véspera, Mia surpreendeu-se ao perceber que se sentia bastante satisfeita consigo mesma. Era a primeira vez, desde que Harry havia morrido, que se sentia confortável na própria companhia. Havia uma modesta chance de que conseguisse prosseguir sem ele.

Mais tarde naquela noite, Jack ligou para seu celular.

— Ei, mana, o que está fazendo?

— Assistindo à TV, comendo comida chinesa — disse ela.

— Bem, você parece em boa forma. Ao contrário da minha pobre namorada, que está aqui ao meu lado, sofrendo.

- Nunca mais vou sair com você, Mia - ela ouviu Abbey gritar debilmente ao fundo.

- Você e suas amigas corromperam a mente de Abbey - brincou ele.

- Não me culpe, ela estava se saindo muito bem por conta própria, até onde consigo me lembrar.

- Ela diz que não consegue se lembrar de nada.

— Nem eu. Talvez seja algo que ocorra assim que se chega aos trinta; isto nunca me aconteceu antes.

- Ou talvez seja apenas um plano diabólico de todas vocês, para não ter de nos contar o que aprontaram.

- Quem me dera... a propósito, obrigada pelo presente; é lindo.

- Fico feliz que tenha gostado. Levei séculos para encontrar a coisa certa.

- Mentiroso.

Ele riu.

- De qualquer maneira, estou ligando para saber se você vai à apresentação de

Declan amanhã à noite.

- Onde é?

- No Hogans.

— De jeito nenhum. Nunca mais coloco os pés num pub, principalmente para ouvir uma banda de rock escandalosa, com guitarras berrando e bateria barulhenta - declarou Mia.

- E a velha desculpa do ”Nunca mais vou beber novamente”, não é? Bem, não beba então. Por favor, vá, Mia. Declan está realmente nervoso e ninguém mais

— Ah, então sou o último recurso? Bom saber que você me tem em tão alta conta.

- Não é isto. Declan adoraria vê-la lá e quase não tivemos oportunidade de conversar naquele jantar; não saímos juntos há séculos - implorou ele.

- Bem, dificilmente vamos ter uma conversa íntima com o Peixe Orgástico martelando suas músicas - disse ela com sarcasmo.

- Na verdade, eles agora se chamam Morangos Negros, e acho que fazem um som suave e doce - riu ele.

Mia segurou a cabeça e suspirou:

- Por favor, não me faça ir, Jack.

— Você vai.

- OK, mas não vou ficar a noite toda.

- Bem, podemos discutir isto quando chegarmos lá. Declan vai ficar orgulhoso quando eu contar a ele; a família normalmente nunca vai a essas coisas.

- Certo então, por volta das oito?

- Perfeito.

Mia desligou e enterrou-se na poltrona por mais algumas horas. Sentia-se tão estufada que não conseguia se mover. Talvez toda aquela comida chinesa não tivesse sido uma boa idéia afinal de contas.

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9/10 - 01.08.2013 - xoxoxoxoxoxo

Don't Let Me Go - Capítulo 8

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Mia estava diante do espelho de corpo inteiro e inspecionava a si mesma. Cumprira as ordens de Harry e comprara uma roupa nova. Para quê, não sabia, mas várias vezes todos os dias impedia-se, a duras penas, de abrir o envelope de maio. Faltavam somente dois dias, e a expectativa não deixava espaço para que pensasse em mais nada.

Decidira-se por um traje completamente negro, para combinar com seu humor atual. Calças pretas justas afinavam-lhe as pernas e pareciam feitas sob medida para descansar sobre suas botas pretas. Um colete preto, que a fazia parecer dotada de um seio maior, completava o traje com perfeição. Cléo fizera um trabalho maravilhoso em seu cabelo, prendendo-o no alto e deixando mechas caírem em frouxas ondulações ao redor de seus ombros. Mia correu os dedos pelos cabelos e sorriu à lembrança da hora que passara no cabeleireiro. Havia chegado ao salão com o rosto corado e sem fôlego.

- Sinto tanto, Cléo, fiquei presa ao telefone e não percebi a hora passar.

- Não se preocupe, querida, instruí a equipe para registrar para meia hora mais tarde sempre que você marca hora. Colin!- gritou ele, estalando os dedos no ar.

Colin deixou tudo e correu.

— Meu Deus, você está tomando tranqüilizante de cavalo ou algo especial?

Olhe só o comprimento do seu cabelo, e só o cortei há algumas semanas atrás. Ele calcou vigorosamente a cadeira, erguendo Mia mais alto.

— Alguma coisa especial esta noite? — perguntou ele, investindo contra a cadeira.

- Três-ponto-zero - disse ela, mordendo o lábio.

- O que é isto, o trajeto do seu ônibus local?

- Não, estou fazendo três-ponto-zero!

- Claro que eu sabia disso, querida, Colin! — gritou ele novamente, estalando os dedos no ar.

Com isso, Colin surgiu da sala dos funcionários atrás de Mia, com um bolo na mão, seguido de uma fila de cabeleireiros, que se juntaram a Cléo num coro de

Parabéns para você. Mia ficou muda.

- Cléo! - foi tudo que conseguiu dizer. Lutou contra as lágrimas que brotaram de seus olhos e fracassou miseravelmente. A essa altura, todo o salão estava envolvido e Mia sentia-se simplesmente atordoada com aquela demonstração de carinho.

Quando tudo terminou, todos aplaudiram e o trabalho normal foi retomado. Mia sentiu-se incapaz de falar.

- Deus todo-poderoso, Mia, uma semana você está aqui dentro rindo tanto que praticamente cai da cadeira, na próxima visita está chorando!

- Mas isto foi tão especial, Cléo, obrigada - disse ela, secando as lágrimas e dando-lhe um forte abraço e um beijo.

- Bem, eu tinha de arrasá-la depois de você ter me torturado - disse ele, afastando-a pelos ombros, pouco confortável ante aquela demonstração de sentimentalismo.

Ma riu, lembrando-se da festa surpresa nos cinqüenta anos de Cléo. O tema havia sido ”plumas e rendas”, se se lembrava bem. Mia usara um vestido rendado justo e Harry, que estava sempre pronto para uma brincadeira, usara uma cobra de plumas cor-de-rosa para combinar com sua camisa e gravata da mesma cor. Cléo queixou-se de estar insuportavelmente envergonhado, mas todos sabiam que secretamente adorava toda aquela atenção. No dia seguinte, ligou para os convidados e deixou uma mensagem ameaçadora em suas secretárias eletrônicas.

Mia ficou aterrorizada de marcar hora com Cléo nas semanas subseqüentes, temendo que ele a assassinasse. Houve quem dissesse que os negócios andaram devagar para Cléo naquela semana.

- Bem, você gostou do stripper naquela noite, de qualquer forma - provocou Mia.

- Gostei? Saí com ele durante um mês depois daquilo. O ordinário.

Uma fatia de bolo foi oferecida a cada cliente e todos se viraram para ela para agradecer.

- Não sei por que todos estão agradecendo a você - resmungou Cléo num sussurro. - Fui eu o idiota que comprou o bolo.

- Não se preocupe, Cléo , vou garantir que a gorjeta cubra a despesa.

— Ficou louca? Sua gorjeta não cobriria o custo da minha passagem de ônibus para casa.

- Cléo , você mora aqui ao lado.

- Exatamente!

Mia contraiu os lábios e fingiu estar aborrecida. Cléo riu.

- Trinta anos e você ainda age feito uma criancinha. Para onde vai esta noite?

- Não vou a nenhum lugar alucinante. Só quero uma noite normal, gostosa e tranqüila, com as meninas.

- Foi o que eu disse nos meus cinqüenta anos. Quem vai?

- Eleanor, Clara, Abbey e Denise, que não vejo há séculos.

- Clara voltou?

— Sim, ela e seu cabelo rosa.

— Bendita hora! Ela vai ficar longe de mim se souber o que é bom para ela. Certo madame, a senhora está fabulosa, vai ser a bela do baile; divirta-se!

Mia parou de sonhar acordada e voltou a olhar para seu reflexo no espelho do quarto. Não se sentia com trinta anos. Mas, por outro lado, como alguém com trinta anos deveria se sentir? Quando era mais jovem, os trinta pareciam tão distantes... Achava que uma mulher dessa idade seria muito sábia e inteligente, teria. a. vida estabelecida, com um marido, filhos e uma carreira. Ela não possuía nenhuma dessas coisas. Ainda se sentia tão perdida quanto aos vinte, somente com uns poucos cabelos brancos a mais e pés-de-galinha ao redor dos olhos. Sentou-se na beirada da cama e continuou a encarar a si mesma. Não havia nada que valesse a pena comemorar aos trinta. A campainha soou e Mia pôde ouvir a tagarelice e os risos excitados das garotas lá fora. Tentou animar-se, respirou fundo e plantou um sorriso no rosto.

— Feliz aniversário! — gritaram todas em uníssono.

Ela encarou aqueles rostos felizes e foi imediatamente contagiada por seu entusiasmo. Levou as amigas para a sala de estar e acenou para a câmera conduzida por Declan.

- Não, Mia, você deve ignorá-lo - sibilou Denise e arrastou Mia pelo braço até o sofá, onde todas a rodearam e imediatamente começaram a empurrar presentes na direção de seu rosto.

- Abra os meus primeiro - berrou Clara, golpeando Eleanor com tanta força para tirá-la do caminho, que ela foi cair longe do sofá. Eleanor congelou de horror, sem saber como reagir, então explodiu num riso nervoso.

- OK, acalme-se, todo mundo - disse a voz da razão (Abbey), lutando para levantar uma Eleanor histérica. - Acho que deveríamos estourar o champanhe primeiro e então abrir os presentes.

- Certo, desde que ela abra os meus primeiro - reclamou Clara.

- Clara, prometo abrir os seus primeiro. - Mia dirigiu-se a ela como se falasse a uma criança.

Abbey correu até a cozinha e voltou com uma bandeja repleta de taças de champanhe.

- Querem champanhe, queridinhas?

As taças haviam sido um presente de casamento e uma delas trazia gravados os nomes de Mia e Harry, à qual Abbey, com tato, removera do conjunto.

— Certo, Mia, você pode fazer as honras — disse Abbey, entregando-lhe a garrafa.

Todas correram para se proteger e abaixaram a cabeça quando Mia começou a remover a rolha.

- Ei, pessoal, não sou tão ruim assim!

- É, a esta altura ela é veterana nisto - disse Eleanor, surgindo de trás do sofá com uma almofada na cabeça.

As garotas aclamaram quando ouviram o ”pop” e arrastaram-se para fora de seus esconderijos.

- O som do paraíso - disse Denise dramática, pousando a mão sobre o coração.

- OK, agora abra meu presente! - gritou Clara novamente.

- Clara! - bradaram todas.

— Depois do brinde — acrescentou Eleanor. Elas ergueram suas taças.

— Tudo bem; para minha melhor dentre as melhores amigas do mundo, que teve um ano tão difícil, mas que, do princípio ao fim, foi a pessoa mais corajosa e mais forte que já conheci. Ela é uma inspiração para todas nós. Que ela seja feliz pelos próximos trinta anos de sua vida! A Mia!

- A Mia - responderam todas em coro. Seus olhos brilhavam sob o efeito das lágrimas quando tomaram um gole da bebida, exceto, claro, os de Clara, que havia virado de uma só vez sua taça de champanhe e lutava para entregar seu presente a Mia em primeiro lugar.

- OK, primeiro você precisa usar esta tiara, porque é nossa princesa por esta noite, e segundo, aqui está meu presente, de mim para você!

As garotas ajudaram Mia a colocar a tiara cintilante que, por sorte, combinava perfeitamente com seu colete preto reluzente e naquele momento, rodeada por suas amigas, sentiu-se uma princesa.

Mia removeu com cuidado a faixa do pacote primorosamente embrulhado.

- Oh, simplesmente rasgue! - disse Abbey para a surpresa de todas. Mia olhou para dentro da caixa, confusa.

- O que é isto?

- Leia! - disse Clara excitada.

Mia começou a ler em voz alta o que estava escrito na caixa:

- Funciona com bateria; é um... oh meu Deus! Clara! Como você é maliciosa! -

Mia e as garotas riam histericamente.

- Bem, eu definitivamente vou precisar disto - riu Mia, erguendo a caixa para a câmera.

Declan parecia prestes a vomitar.

- Gostou? - perguntou Clara buscando aprovação. - Eu queria dar isto a você no jantar no outro dia, mas achei que não seria apropriado...

- Meu Deus! Bem, estou contente que você o tenha guardado até agora! - riu

Mia, abraçando a irmã.

- OK, eu sou a próxima - disse Abbey, colocando seu embrulho no colo de Mia. - É meu e de Jack, portanto não espere nada parecido com o de Clara!

— Eu ia ficar preocupada se Jack me desse algo assim — disse ela, abrindo o presente de Abbey. - Oh, Abbey, é lindo! - exclamou Mia, segurando o álbum de fotografias revestido de prata de lei.

- Para suas novas recordações - disse Abbey baixinho.

— Oh, é perfeito — assegurou ela, envolvendo Abbey com os braços e estreitando-a. - Obrigada.

- Bem, o meu é menos sentimental, mas, como uma companheira do sexo feminino, tenho certeza de que vai gostar - disse Denise, entregando-lhe um envelope.

- Oh, genial! Sempre quis ir até lá - exclamou Mia quando o abriu. - Um fim de semana de mordomias na clínica de saúde e beleza Heaven’s.

— Deus, você fala como se estivesse indo a um encontro às escuras — provocou Eleanor.

- Então nos informe quando marcar a data; é válido por um ano, e o resto de nós pode reservar na mesma ocasião. Faça disto umas férias!

— Foi uma idéia incrível, Denise, obrigada!

- OK, último, mas não menos importante! - Mia piscou na direção de Eleanor. Eleanor remexia as mãos com nervosismo enquanto observava o rosto de Mia.

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8/10 - 01.08.2013 - xoxoxoxoxoxox